domingo, 26 de julho de 2009

Ode ao Senhor Sol

Sou eu, completa idéia de estação mas sem idéia fixa de como ser. Filho do vento e seus braços melodiosos que quando cruzam com os abismos tranversais de cada dobra de esquina formam um toante uivo que assombra a noite de cada neurônio ocioso...zumzi zimzu zumzi Floreia cada canto da casa , abrindo todas as janelas ao bem querer do implacável sol , que insiste , mesmo em dia tempestuoso e agressivo , em replandercer.
Nisso consiste sua glória, sua luz, sua impetuosidade: nada pode pará-lo , no entanto, ele derrete toda asa feita de cera e toda sonho feito somente de razão. Cada raio que dardeja atinge um coração e faz brilhar , desde lá dos quintos até o fim do túnel, uma luz que não tão osfuscante que, ao cegar o transeunte , o faz enxergar que o fim tão próximo, datado da chegada à linha do horizonte, não passa de uma simples curva da estrada.
Sua sutileza leva a loucura, traz à tona miragens sem percepção. Sua prioridade eleva toda simples existência em vida. Sua simples existência é razão de ainda haverem escritores -cujo é fonte indestrutível de adimiração - e planeta. E mesmo que nenhum corpo celeste girasse em torno de ti , ainda assim , seria a donzela indomável a quem todo cavaleiro sonha em desposar os mistérios.
Eis aqui, humilde toada, a te clamar que traga de volta a luz. Que amanheça de dentro apra fora das intenções! Traga aquele fogo que dilacera até a realização , aquela ânsia que só se cura com a água do resultado. Faça de nós todos, de novo , seus soldados !

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Parece lugar-comum mas sempre me pego perguntando para onde vai todo suor da labuta de anos, dias e noites intemináveis e quase nunca compensados como se deve, do povo da minha pátria amada? Não acredito que ninguém mais se revolte com o fato de termos pessoas trabalhando por toda vida e que nem ao menos conseguem marcar uma consulta de um dia para o outro! Absurdo é que estando eu para marcar um consulta ao meu pai, que necessitava dela para dia oito de agosto, só consegui uma data para quatro de setembro? Tem cabimento isso? Além do mais, reparando nas conversas dos recepcionistas, ouvi dizer que tal médico estava de férias e tal médico estava de licensa. E cadê os substitutos? Cadê a tal preocupação quase maternal que sempre aparecem nas épocas eleitorais?Onde foram parar as reformas e promessas? Onde estão os caras que diziam que a vida ia decolar de vento em polpa?
Acho que se perderam no meio da meada que eles próprios inventaram, mal sabendo o significado e poder de suas palavras. Quando será que perceberemos que está an hora de uma revolução?Quando será que vamos levantar do nosso conforto e botar a boca no trombone e gritar pelos direitos inatos a nós?
Só digo algo: reflitam o tempo todo nos seus próprios atos pois os que estão no poder só se aproveitam da nossa falha de caráter ético, moral e ativista para fazerem o que bem entendem lá em cima.Cuidado para não ser aquela velha opnião formada sobre tudo sem atitude. O mundo precisa de mais heróis, de mais visão, de mais gente que se importe realmente com o povo, senão a tal terra onde plantando tudo se nasce , essa terra prometida, tornarar-se uma derradeira ante-sala do calvário. Não adianta tanta reclamação e tanto achismo de que político é tudo calhorda. A simples reflexão levará a conclusão de que quem formam os políticos somos nós! Portanto , nossas instituições estão falidas. É hora de reconstruir ! E de , finalmente, erigir sobre uma terra fértil e firme, chamada família e escola , um Brail realmente de todos!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Entre Pessoa e eu

Se Pessoa e eu discutíssimos modos e sociedade , ele diria que eu seria a metade perfeita de Ricardo Reis. Se falássemos de metafísicas, algo sobre ser ou não ser , com certeza ele diria que eu sou a versão mulher de Alberto Caeiro.Já se parássemos para observar a solidão em meio a tantas viva'lmas nas grandes cidades , ele diria que eu sou gêmea íntima de Álvaro de Campos. No entanto, quando percebecemos a proximidade de todas as pessoas de Pessoa e eu , com toda certeza , encontraríamos uma noção de um sonho. Um sonho com a profundidade apocalíptica daqueles a quem tudo vale a pena, de alma não pequena.


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